As redes sociais começaram como uma maneira de partilhar o que queres, o que gostas. Permitiam-te ter relações mais ativas com pessoas mais longínquas e davam-te acesso a um novo nível de interação com o mundo á tua volta. Agora, elas são usadas para te minerar toda a informação pessoal possível, para te estimular e induzir a usar essas plataformas mais do que precisas, para te manipular. Algoritmos foram implementados, não para te dar o que queres, mas para te dar aquilo que te faz ficar a usar a plataforma ainda mais.
As notificações eram usadas para te indicar alterações importantes na tua rede. Agora são usadas para te arrancar a atenção, para te mostrar informação de valor duvidoso. Os alertas que agora recebes são muitas vezes inúteis, não da tua rede de amigos, mas da plataforma a chamar-te para a usares. E mesmo que não queiras essas notificações, elas aparecem todas na mesma caixa, e emitem todas o mesmo alerta sonoro, sendo indistintas das importantes.
Nos telemóveis, as notificações foram criadas como uma boa maneira de saberes o que se passa com as tuas aplicações, de receberes informação importante, sem teres que abrir a aplicação, uma a uma. No entanto, foram rapidamente controladas pelas aplicações a quererem todas te chamar à atenção. Toda a mais inútil treta era razão para te por o telemóvel a vibrar e a fazer som. Pior ainda, por defeito, todas as notificações ativam a vibração, o som e o ecrã. Por defeito, sem tu pedires, sem tu quereres, todas as notificações são-te enviadas de todas as maneiras possíveis. Nunca te é perguntado o que preferes, é assumido. A indução do uso.
A Microsoft agora levou as notificações a outro nível, usando-as para te dissuadir de instalar navegadores de internet diferentes. Como ela quer que o Edge, o seu novo navegador de internet, tenha uma maior quota no mercado, tem usado várias notificações espalhadas pelo sistema operativo que te tentam dissuadir de instalares outros navegadores como o Firefox.

Telemóveis desenhados para vender, não para serem usados
Ano após ano, novas funções são adicionadas, não porque precisas, mas porque preenchem brochuras. As pessoas não sabem realmente o que precisam ou o que querem, e acabam por escolher o telemóvel com a lista de funções mais longa. Apesar de usarem sempre todos os telemóveis da mesma maneira: redes sociais e selfies.
Precisamos de sistemas operativos mais leves, de baterias maiores e de tamanhos que nos caibam nas mãos sem caírem ao chão em mil pedaços. Ao invés, o que temos, são telemóveis finos e fraquíssimos, maiores que as nossas mãos, com baterias que duram um dia, assim como um monte de funções extra que nem sabes que existem. Os novos telemóveis com ecrãs enormes não te deixam fazer mais coisas. Estes ecrãs gigantes são criados para serem mais atraentes, mais cativantes, com cores mais garridas. São ecrãs criados para atrair o usar do telemóvel. É maior! É supostamente melhor! E hoje em dia, o que menos precisamos é de usar mais os telemóveis.
Querias um telemóvel que fosse mais resistente a quedas? As molduras em torno do ecrã foram ainda mais reduzidas, fragilizando ainda mais o vidro. Queres uma melhor câmara? Em vez de aumentarmos o tamanho deste sensor para ele capturar melhor a luz, vamos antes colar dois sensores iguais, mas com aberturas ligeiramente diferentes. Queres um sistema operativo que possas customizar? Se compras um iPhone, mudas a posição dos ícones, algo equivalente ao ambiente de trabalho do Windows 95. Queres uma bateria mais duradora? E se te dermos Toque 3D ou lados sensíveis ao toque, esqueces-te que a bateria é fraca e pequena?
O telemóvel é teu, comprado com o teu dinheiro. Mas cada vez mais influenciado e controlado por empresas do que por ti. Funções são adicionadas e problemas são criados para criarem dependências e ciclos de compra. São fáceis de vender, difíceis de usar. Os telemóveis podiam bem durar vários anos, mas acabam por durar apenas alguns. E mal.

Acessórios caros sem uso aparente
Mas os melhores exemplos de indução de uso ainda são os novos wearables: as pulseiras e os relógios eletrónicos. São usados para te servirem novas biometrias do teu corpo: os teus passos, as calorias queimadas, os batimentos cardíacos e agora, com o novo Apple Watch, até eletrocardiogramas.
Existe apenas um pequeno problema: muito disto é treta inventada ou então informação que não precisas nem devias ter.
Primeiro, os passos contados são uma medição incorreta, estando regularmente errada. Pior, não é regular. Ou seja, para o mesmo exercício, podes ter leituras muito diferentes a cada dia em diferentes acessórios. Não existe uma linha base estável. Ainda mais, o objetivo dos 10 000 passos por dia é uma meta inventada por uns japoneses sem o mínimo de fundamento científico. É apenas um valor arbitrário que soa bem. Ou seja, o relógio é que te induz o uso, uso esse que não faz sentido.
Medir calorias queimadas ainda mais ignorante é pois existem vários corpos humanos diferentes que reagem de maneiras diferentes a diferentes alimentos e exercícios. Não existe maneira nenhuma destes relógios saberem mesmo quantas calorias queimaste. É uma medição extremamente instável. Consequentemente, tomas decisões erradas quanto à tua alimentação com base em más leituras.
Mas de igual modo preocupante são as medições de biometrias reais como o batimento cardíaco ou o eletrocardiograma.
Muitos destes relógios ou pulseiras medem constantemente o teu batimento cardíaco durante o dia. O problema aqui é que como o sensor precisa estar próximo da tua pele para a ler corretamente, com o andar e mexer do dia-a-dia, esse sensor raramente está sempre perto da pele. Isto leva a que o sensor faça leituras erradas durante o dia e te dê informação médica incorreta e perigosa. Quanto aos eletrocardiogramas gerados pelos novos relógios de pulso, ainda é difícil dizer se são bons ou não visto ainda serem novos no mercado.
Independentemente, um problema persiste: mesmo que estas medições sejam corretas, as pessoas comuns não as deviam ter. Como a esmagadora maioria da população mundial não tem o curso de medicina, não sabem interpretar estes valores. Isto leva a que pessoas ganhem medos ou inventem problemas quando na realidade não existem.
Este constante fluxo de informação médica induz nas pessoas uma ansiedade de atingir certos números arbitrários, inventados. Ansiedade essa que é agravada pela imprecisão destas leituras. Sim, alguns problemas cardíacos podem ser diagnosticados graças a estes sensores, mas na maioria das pessoas vai gerar apenas falsos positivos e obsessões com métricas erradas. Esta imoral ética de design onde toda a informação te é dada, sem controlo ou explicação, sem barreiras, leva a ansiedades e compulsões, obsessões por quantificações erradas na saúde. E isso é mau.
Tu acabas por ser manipulado por estes sensores porque empresas querem-te vender a moda mais recente, sendo ela testada ou não.

Acabou-se a abertura, voltou-se ao isolamento
Os telemóveis (e muitos outros produtos eletrónicos) são agora desenhados de maneira a que não os consigas reparar ou modificar facilmente. São cada vez mais fechados, usando colas e parafusos específicos, difíceis de abrir. A Apple chega ao ponto de desativar telemóveis que foram reparados em lojas de terceiros, para que sempre recorras à marca, para que apenas faças o que eles deixam que tu faças. Restantes marcas são similares com designs nunca pensados na reparação ou fim de vida. São objetos fechados, desenhados para uso único e para serem descartados.
A porta 3.5 milímetros foi removida para te forçar a comprar ou adaptadores para os teus auscultadores atuais ou novos auscultadores sem fios. Esta remoção não adicionou nada e apenas tirou.
Compraste um telemóvel de centenas de euros, topo de gama? Se for Android é atualizado uma vez, com sorte. No entanto, na realidade, consegue ser atualizado durante muitos anos, mas esse processo é lento e envolve muitos recursos, em parte devido ao lixo que as empresas colocam em cima do sistema operativo. Mas, em vez de reduzirem a quantidade de lixo para termos telemóveis mais fáceis e rápidos de usar, preferem simplesmente não os atualizar e te incentivar a comprar um novo após alguns anos. E se quiseres instalar um outro sistema operativo, podes, mas é (muito) difícil, dependendo do telemóvel.
É te desincentivado usares o telemóvel como o queres usar. É te incentivado a comprar novo. Os telemóveis já não são desenhados para tu os usares, para tu os reparares, para tu os expandires. São cada vez mais fechados e hostis em relação aos seus utilizadores.
Não só, mas este fechar das plataformas chega ao software. Pouquíssimas são as aplicações que te permitem obter uma cópia dos teus dados para exportares para outros serviços. Como não existem leis para isso, não existe esse incentivo. E mesmo com o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), poucas são as empresas que o seguem. Isto leva a que fiques trancado num serviço porque tens lá todos os teus dados e não os consegues remover facilmente. Este fechar das plataformas é das mais comuns anticompetitivas medidas que existem.

Bons eletrodomésticos com funções más e casas que nos vigiam
Aplicações recolhem enormes quantidades de dados do teu uso, mas tu não tens controlo sobre eles. Lucros gigantescos são gerados com os teus dados enquanto que nem ao certo sabemos que dados são gravados e como são usados. Estes jardins fechados de enormes quantidades de dados e ecossistemas estão a criar sérios desequilíbrios na paisagem da tecnologia de consumo (e na sociedade). Agora apenas usamos produtos e acessórios dependentes das grandes marcas: Google, Apple e Microsoft. Fora desses jardins fechados, a escolha é muito menor. Jardins esses onde não tens controlo sobre nada e estás à mercê das mudanças das empresas.
Esses jardins fechados chegaram às nossas casas, onde estão a invadir todos os eletrodomésticos e a capturar toda informação que eles geram. Eletrodomésticos agora ligam-se todos à internet para acederem a novas funções que ninguém precisa. Navegadores de internet em frigoríficos e notificações da torradeira. De igual modo, estas novas funções estão dependentes dos serviços de empresas do outro lado do Atlântico, dos ecossistemas fechados dos gigantes americanos. A tua nova casa inteligente é na realidade um bocado burra e fora do teu controlo.
Eletrodomésticos como máquinas de lavar roupa e loiça são das mais importantes invenções para a casa. Libertaram enormes quantidades de tempo e ainda melhor, são muito mais eficientes energeticamente e no consumo de recursos do que o ser humano. Já não há muito a melhorar nestes eletrodomésticos. No entanto, são alvo de questionáveis novas invenções como ligações à internet, navegadores de internet ou até colunas. Novas funções que nada têm a ver com a função principal do eletrodoméstico estão a ser adicionadas, não porque são úteis ou necessárias, mas porque as vendas estão a estagnar e os lucros a diminuir. Como os nossos eletrodomésticos são cada vez mais duradouros, não existe tanto a necessidade de os substituir.
Mas com as novas funções “interativas”, estas máquinas agora chamam-te à atenção sempre que tens uma carga pronta ou uma nova atualização do software. Frigoríficos com colunas ou computadores agora requerem que tu interajas com eles, com avisos sonoros ou em ecrãs. Já não podes simplesmente estar na cozinha, descansado, sem a torradeira te notificar no telemóvel que o pão está pronto. O problema destas novas adições é que elas não funcionam sem ti, não funcionam sem tu interagires com elas, sendo mais uma fonte de distração em cima das muitas que já temos.
Pior ainda, navegar na internet num frigorífico é horrível e uma experiência super lenta. Muitos destes eletrodomésticos ligados à internet têm seguranças abismais, onde qualquer estranho te pode aceder à tua casa via estes elos fracos. E a maior parte destas novas funções são simplesmente desnecessárias. Para ti, isto é. Porque para as empresas que te vendem estes produtos, para os jardins fechados acima mencionados, eles servem como ainda mais uma janela à tua vida privada, onde até os teus hábitos alimentares são guardados para te servirem melhores anúncios, para que nada que tu faças esteja fora do controlo destas empresas. Para que tudo o que tu faças seja usado como mais uma métrica para te melhor medir e te servir anúncios híper focalizados.

Estes problemas foram identificados antes de serem criados
Mas estes problemas já foram todos identificados, mesmo antes de serem criados. Quando se desenha algo, tem-se um objetivo em mente. E nos últimos tempos, o objetivo tem sido sempre de gerar mais lucros.
Regularmente, dentro destas empresas mais agressivas na sua expansão, existem vozes que argumentam a favor de mais controlo, avisando das potenciais consequências negativas. Regularmente essas vozes são ignoradas.
Com a introdução das notificações, já se sabia que elas iam ser avassaladoras sem um controlo. Designers alertavam para o excesso de informação e como o controlar, mas o departamento de marketing dizia que isso não era “fixe”.
Novos telemóveis não precisam ser lançados a cada ano pois nenhuma inovação que valha a pena consegue ser alcançada nesse pequeno espaço de tempo. Como consequência, o teu telemóvel é apenas suportado pela marca por pouco tempo pois não se consegue gerar lucros a partir de algo já vendido.
As empresas já não desenham aquilo que é certo e correto para os seus consumidores. Os produtos são agora desenhados primeiro para dar controlo a quem te quer usar para gerar lucros. Apenas quando as más notícias são demasiadas é que as empresas decidem te dar algum controlo, mas não muito.
A Apple, por mais que filosofe sobre privacidade, permite os piores comportamentos na sua casa. É através da App Store que as aplicações que te aspiram os dados te são entregues. A Apple recolhe uma percentagem dos lucros, enquanto argumenta ser acima desses exemplos.
Primeiro lança-se o produto, depois fazem-se os estudos, as asneiras chegam às notícias e o ciclo repete-se no ano seguinte, mas com uma cara nova e limpa, mudando nada por detrás.
Considerem os novos anúncios de produtos da Amazon: uma tempestade de diarreia eletrónica onde a sua assistente digital Alexa é colocada em todos os possíveis cantos da casa. A julgar pela apresentação, o modo de atuar da Amazon é de chegar a todo o lado e pensar depois. Desta maneira, até na casa de banho a empresa pode acumular dados sobre ti. Eventualmente, existe a possibilidade de receberes anúncios híper-focalizados sobre os teus mais íntimos hábitos.
E pelo andar da situação, ninguém parece se importar com isto.
Vários estudos já provaram a ignorância de contar calorias ou passos, mas essas funções continuam a ser vendidas. Porquê? Porque as pessoas continuam a achar piada e continuam a comprar. Somos nós, acima de tudo, que estimulamos estas empresas a terem estas práticas explorativas pois somos nós que compramos os produtos delas.
Ninguém verdadeiramente precisa de um computador no frigorífico. Ninguém precisa de receber uma notificação no telemóvel de que a máquina da roupa já acabou de lavar. Nunca ninguém olhou para uma torradeira e achou que o que lhe faltava era uma coluna. Mas é isso que estamos a ter. Repetindo novamente, quando se desenha algo, existe um objetivo. E na tecnologia de hoje, o objetivo é capturar todos os dados de tudo o que tu fazes. Tu és o produto e tu é que és vendido.
Cada vez que os telemóveis nos puxam mais para eles, perdemos estabilidade mental e emocional. A mera presença de um telemóvel já é suficiente para fazer degradar a nossa disponibilidade cognitiva (ficamos mais burros). Agora, como perfeitos cães pavlovianos, reagimos imediatamente ao mínimo de vibração do telemóvel. E se não respondermos, ficamos distraídos. É nos sempre sugerido mais uma aplicação a instalar, mais notificações a receber, mas sempre com um mau nível de controlo do nosso lado.
A mudança da cor do ícone, o puxar para atualizar, os padrões escuros, escondidos por detrás dos produtos que usamos que influenciam os nossos gestos. O site Booking.com é o perfeito exemplo do mais podre e descarado design obscuro que existe.
Com a entrada de inteligências artificiais nas nossas vidas, estamos a ser condicionados a gostar daquilo que as marcas querem que nós gostemos, de produtos que eles são pagos para promover nos seus híper-focalizados anúncios. O nosso livre arbítrio é lentamente eliminado. A nossa identidade, a nossa criatividade é lentamente conduzida a um singular mono tom, estimulado pelos singulares algoritmos que influenciam todo o mundo. Não existem diferenças nem variações, existe apenas o que és influenciado a comprar. Qualquer que seja a moda mais recente, devido á globalização destas tecnologias, do inglês, da internet, vamos todos no mesmo barco, sem diversidade, sem distinção, sem identidade. Todos cães pavlovianos atrás do mesmo osso.
A tecnologia hoje é completamente obesa: cheia de funções inúteis e detratoras daquilo que é eticamente correto. Em 10 anos de evolução tivemos um muito maior nível de estabilidade e maturidade tecnológica, sim. Temos agora telemóveis mais capazes do que nunca, com tecnologia incrível. No entanto, toda essa capacidade está a ser usada pelas piores razões. Não para te beneficiar, mas para te distrair e te explorar.
E onde estão as alternativas? Em lado nenhum. Não existem. Nós continuamos a gastar o nosso dinheiro nas piores soluções e produtos. As empresas não vêm incentivo em melhorar e continuam a vender aquilo que é fácil de vender, mas difícil de usar.

Não existem grandes soluções, apenas pequenos gestos
Para os problemas acima descritos (existem mais exemplos, muitos mais), não existem grandes soluções, grandes leis que os resolvam. Estes problemas foram gradualmente criados, ano após ano, iteração após iteração. Consequentemente, é assim que os eliminamos.
Obsolescência planeada, jardins fechados e indução de uso: estas absolutamente horríveis práticas de criar dependências das pessoas em objetos fugazes, desenhados para terem uma vida curta, devem ser eliminadas. A única ligação em comum a todas estas práticas é o dinheiro. Basta olhar para as mais ricas empresas do mundo e ver que as maiores são as tecnológicas.
Temos que todos, como população, com cada decisão que tomamos, evitar alimentar estas práticas exploratórias. Como estas empresas procuram lucros através das nossas compras, é com a nossa carteira que devemos falar.
Apenas quando desinstalarmos as aplicações mais tóxicas, eliminarmos os serviços mais abusivos, apagarmos as redes sociais mais invasivas é que conseguimos fazer uma diferença. Não podemos instalar todas as aplicações que vimos, preencher todos os questionários no Facebook ou entregar imediatamente toda a nossa informação ao primeiro site que vimos. Se nós não usarmos estas ofertas, elas não nos influenciam.
Temos que aprender a distinguir boa tecnologia de má. Temos que comprar menos produtos e usar melhor o que temos. Temos que primeiro pensar no que realmente queremos e precisamos e não apenas no capricho da moda mais recente. Esta introspeção é extremamente importante, não só para evitarmos gastar dinheiro em objetos desnecessários, mas também para nos compreendermos melhor.
Acima de tudo, temos que perder menos tempo em tretas distrativas, em brinquedos brilhantes, como se fossemos gatos a caçar um laser controlado por alguém.
Sim, em exemplos mais extremos de abusos, leis podem ser criadas para os evitar. Como por exemplo leis contra a obsolescência planeada, leis que forçam a partilha de dados e o uso de padrões universais ou até leis que forcem a revelação de como estas empresas nos controlam.
Mas não podemos estar sempre dependentes do estado para resolver os problemas que nós criamos.
Fomos nós que alimentamos estas práticas com as nossas ignorantes compras.
Somos nós que devemos eliminar estas práticas com menos e melhores compras.